Ligia Schincariol


Origem emocional das doenças – Parte 3 - Bruno Rodrigues

“O corpo é o mais sincero termômetro que podemos ter de como está nossa vida, e por vida vale pensar nas relações com os outros, com nós mesmos, com a sociedade, natureza, cultura, objetivos, enfim, passado, presente e futuro.” – Bruno Rodrigues



O corpo é sincero, mas muitas vezes nós não somos sinceros com nós mesmos. Vejo as pessoas na maior parte do tempo criando desculpas e o pior é que elas mesmas acreditam nessas desculpas. “Ah mas eu sou assim porque…” e a frase se completa das mais variadas formas e dificilmente da forma correta. Seria melhor daqui para frente dizer: “eu vou mudar para melhor porque…”



Poucas pessoas estão realmente dispostas a mudar, algumas inclusive preferem sofrem uma vida inteira a mudar. A pessoa ao longo da vida adquiriu hábitos, costumes, uma maneira de ser que lhe é peculiar, mas que nem sempre corresponde ao seu verdadeiro jeito de ser, à sua essência, ou como (no fundo) ela gostaria de ser. O corpo vai mostrar o que é que está desequilibrado.



Começar com um exemplo forte, pessoa com intestino preso, que fica dias e dias sem ir ao banheiro. Normalmente pessoas com este problema estão carregando muita “merda” em suas vidas, não se liberta e prefere carregar, muita merda mental, emocional, algumas não querem perdoar e continuam guardando mágoas, outras guardam coisas pequenas mas guardam para falar no momento certo: “Ah eu vi que ele estava olhando para a moça da mesa do lado”, “ela não me deu bom dia, ah ela me paga, na hora certa vou jogar tudo na cara dela”, “o que? Quem ele pensa que eu sou, me deu essa porcaria de presente ah eu não admito isso” e por ai vai, a pessoa guarda esse tipo de emoção, pensamento, situações que ela poderia se desprender mas não quer: “o que? Eu perdoar? Ah ela vai pagar tudo o que fez”, “o que? Não me mandou SMS até agora, também não vou mandar enquanto ele não mandar”. Essa postura de não querer soltar esses pensamentos e emoções negativos, lixo mental, se reproduz no corpo e a pessoa fisicamente prende muita merda. Qual a solução? Tomar muito laxante? Bem é a solução momentânea, vai resolver o efeito, mas em breve começa tudo de novo. A pessoa com essa dificuldade deveria começar a fazer uma limpeza interna, ver e descobrir que “porcarias” está guardando e se livrar, perdoar, SOLTAR essas coisas que ela prende. Ela se sente poderosa, como se tivesse um arsenal de situações para se proteger num momento de discussão, mas no fundo não tem poder algum, pelo contrário, só merda que não serve para nada, muito menos para crescer como pessoa.


A vida nos oferece um repertório imenso de possibilidades e caminhos. As escolhas são nossas

Existem também as pessoas que carregam peso que não é delas e não querem soltar. Por exemplo, uma pessoa que quer resolver o problema de todos à sua volta, se sente bem assim, tem seus problemas, mas ainda quer resolver o de todos, quer abraçar e cuidar do mundo, e normalmente ainda reclama dizendo coisas do tipo: “Ah se eu não resolvo ninguém resolve”, “só eu nessa família pra cuidar de tudo”, “ninguém me dá valor aqui”. Essa pessoa com o passar do tempo começará a sentir dores nos ombros, talvez nas costas, como se carregasse o mundo nas costas e realmente carrega, mas entendam, a culpa não é dos outros. A responsabilidade é toda dela. Essa mesma pessoa normalmente vai culpar os outros: “Olha é tanta preocupação que estou ficando até doente”, “olha o que vocês estão fazendo comigo”.



Essa pessoa se fosse sincera consigo mesma iria refletir, “por que essas dores nas costas (ou no ombro)? Por que sinto que estou carregando o mundo nas costas?” Caso não conseguisse descobrir sozinha poderia buscar ajuda de um especialista, mas a grande questão é a seguinte, algumas pessoas iriam encarar a situação e ser honestas com elas mesmas e outras iriam negar e preferir não mudar nada. No primeiro exemplo a pessoa descobre e percebe que carrega pesos demais, que resolve problemas que não é dela e que por isso não tem tempo para ela, por isso “sua vida não anda”, o ideal seria ela aos poucos “se equilibrar”, “equilibrar as coisas”, ir soltando aos poucos as responsabilidades, PARAR de resolver o problemas dos outros, sejam esses outros filho, marido, chefe, amigo, pai, mãe. Quando digo soltar vale lembrar que todos nós temos obrigações. Uma coisa é fazer nossa parte e todos devemos fazer (isso é equilíbrio), outra coisa é fazer a parte de todo mundo (isso é desequilíbrio). Como a mãe que paga as contas do filho e não deixa o menino crescer e adquirir responsabilidade, ou o filho que faz tudo para os pais, além do normal e não deixa que os outros irmãos façam nada. Não estou dizendo que é para sermos egoístas pelo contrário é justamente para olhar onde estamos sendo egoístas demais e querendo carregar tudo sozinho, fazer nossa parte e deixar cada um fazer a sua. Então essa pessoa começaria a “largar” os excessos, teria que ter muita coragem para fazer isso: “olha a partir de hoje essa conta é sua, eu vou pagar o que me compete só”,”irmão é o seguinte só eu estou cuidando da mãe de hoje em diante eu vou fazer minha parte e você faça a sua, ficou bem claro?”, “marido sou só eu para cuidar da casa, limpar e cuidar dos filhos e ainda trabalho, a partir de hoje trate de assumir suas responsabilidades como pai e vamos ter divisão de tarefas”.



Aos poucos o corpo desta pessoa também iria se equilibr, as dores começam a desaparecer (conheço vários casos), ela começa a ter mais tempo para si, que é justamente o tempo que ficava “vivendo a vida dos outros”, pode finalmente fazer um curso novo, uma viagem, passear, amar, etc…



Mas a realidade é outra, a grande maioria das pessoas mesmo que percebesse a origem iria preferir continuar como está. Algumas iriam se iludir: “ah mas eu não carrego problema dos outros não”, “ah mas eu faço isso por amor”. E iriasuportar a dor, muitas vezes a vida inteira, mas não iria mudar, o corpo mostrando que algo está desequilibrado, mas não iria mudar. E por que a pessoa não muda? Porque tem “ganhos secundários”, no fundo ela gosta de fazer tudo, gosta de se sentir útil, apesar de reclamar que faz tudo sozinha ela gosta de sentir que é importante para todos a sua volta, e queria que todos achassem que sem ela as coisas seriam bem difíceis, é alguém que está mendigando atenção e vai levando isso a vida inteira. Dificilmente abriria mão desses pequenos ganhos. Perceba que a escolha é nossa, temos ai dois exemplos a pessoa que resolveu mudar, mais do que isso, se equilibrar, deixar as pessoas viverem a própria vida e começar a viver a sua, e outro exemplo em que a pessoa optou por continuar fazendo tudo em busca de atenção e a conviver com suas dores (com as mensagens do corpo).



Se você a essa altura tiver pensando: “ah mas eu não faço para chamar atenção”, “ah mas eu não faço porque quero me sentir importante, pelo contrário queria que cada um seguisse seu rumo” tome cuidado, você é um candidato (a) em potencial para carregar mais peso no corpo do que precisa e esse excesso pode aparecer em forma de dores mas também em excesso de peso, o peso simbólico que a pessoa carrega.



Os resultados são tão incríveis quando a pessoa resolve mudar que as vezes eu me pergunto, por que mendigamos tanto por atenção? O que falta na maior parte das vezes é auto amor, precisamos nos amar mais, precisamos nos dar mais importância.



Quando queremos demais chamar atenção, receber elogios, ser valorizado pelo outro mostra que temos nos valorizado pouco, nos elogiado pouco, dado pouca atenção a nós mesmos, por isso buscamos lá fora o que não temos por dentro.



Faça uma análise rápida, como está sua vida hoje? Você tem a vida que queria? Sua profissão, trabalha com o que gosta? Gosta do que faz? E seu momento de lazer, você faz o que gosta? E seus sonhos, já alcançou vários? E tem outros que estão sendo trilhados? E sua vida amorosa como está? Tem alguém ao seu lado e se tiver, você ama essa pessoa? E suas finanças como estão vão bem? E suas emoções como estão? Guarda mágoa de alguém, sente raiva ou se irrita facilmente ou vive em paz consigo e com os outros? Você olha sua conta no banco e fica satisfeito (a)? e sua aparência, você olha no espelho e gosta do que vê? E a pergunta mais importante, você se ama?



Só essas perguntas ai em cima já cabem várias reflexões, se as respostas foram todas positivas tenho certeza que sua saúde flui bem, seu corpo está em equilíbrio, suas emoções equilibradas, seus pensamentos vão bem e sente-se em paz espiritualmente



Nesta terceira parte gostaria que você em especial refletisse sobre essa questão, será que quero mudar?



Tenho uma profissão muito gratificante, não tem preço ver a melhora e crescimento dos meus pacientes, sessão após sessão, ver a volta do brilho no olhar deles, ver o sorriso no rosto voltando e cada um resgatando sua vida.Quando se quer MUDAR se pode tudo. Acompanhei caso de pessoa que era totalmente submissa no lar e era infeliz e que hoje é feliz, não é mais submissa, vive sua própria vida, faz o que gosta. E as pessoas ao seu redor estranharam essa mudança? Sim, sem dúvidas, algumas ficam felizes, outras invejam, ah… a inveja… não é fácil para muita gente segurar a inveja, vendo a outra mudando, crescendo, ficando mais bonita, aprendendo a dirigir, saindo de carro, começando a trabalhar fora e começando com mais de 50 anos uma faculdade. É… de fazer inveja mesmo, principalmente para muita gente que não quer sair de dentro de casa, acha que é feliz mas no fundo tem medo. Medo de olhar para dentro de si e ver que deixou muita coisa para trás. Mas a boa e melhor notícia, seja o que você fez até agora da sua vida, tenha você 5, 15, 55, ou 105 anos, você pode AGORA começar a fazer diferente e em pouco tempo verá as diferenças dentro e fora de você.



Você PODE! Mas será que você QUER?











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